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domingo, 11 de dezembro de 2016

Métodos de produção e regulação

Com as primeiras revoluções industriais, o proletariado era fortemente explorado conforme diversas técnicas e tecnologias surgiam. Ao longo do tempo, o estado voltou a intervir novamente na economia, mas para beneficiar o trabalhador e as fábricas que logo se tornam grandes corporações. E assim começa o grande desenvolvimento das grandes fábricas, era o início do capitalismo financeiro.
Durante as grandes disputas entre os EUA e a URSS, grande parte do mundo estava produzindo massivamente, entre eles podemos destacar os EUA, grande parte de União Europeia, o Japão, e os Tigres Asiáticos. Esse tempo foi conhecido como os "30 anos gloriosos" por ter sido o auge do capitalismo, no qual a economia mundial prosperava firmemente.
A produção necessita de dois elementos fundamentais para seu funcionamento: um método eficiente de como será produzido e uma forma de regular a produção. Veremos agora como tudo isso funcionou durante o século XX até meados do século XXI:

Método de produção Fordista-Taylorista:
No início do século XX duas formas de organização da produção industrial revolucionaram o trabalho fabril: o taylorismo e o fordismo. Estes dois sistemas de produção, tinham como finalidade a racionalização extrema da produção.

Resultado de imagem para Frederick Winslow TaylorFrederick Winslow Taylor (1856 – 1915), elaborou uma série de métodos para produção industrial, conhecidos como taylorismo. De acordo com ele, o operário deveria apenas exercer uma única tarefa em um menor tempo possível (com maior rapidez) durante o processo produtivo, não havendo necessidade de conhecimento dos outros processos. Taylor então, aperfeiçoou o processo de divisão técnica do trabalho, padronizando a realização de atividades simples e repetitivas para uma produção mais veloz.

Resultado de imagem para Henry FordHenry Ford (1863 – 1947) foi um outro revolucionário no campo da produção, ele elaborou um
outro método que se encaixava com o taylorismo, no qual cada operário ficava em um determinado local da fábrica realizando uma tarefa específica, enquanto o produto fabricado se deslocava pelo interior da fábrica em uma espécie de esteira. Com isso, as máquinas ditavam o ritmo do trabalho.
Os dois métodos juntos ficaram conhecidos como fordista-taylorista, e muitas fábricas de muitos países adotaram esses métodos, porém, países subdesenvolvidos, não se adequaram a eles no sistema produtivo, pois a sua população não teria total acesso ao consumo dos produtos gerados pela indústria, afinal, sendo a essência do fordismo baseada na produção em massa, é preciso que haja também consumo em massa.
Resultado de imagem para tempos modernosA alienação física e psicológica dos operários provocadas pelo fordismo-taylorismo em longas jornadas de trabalho foi um dos fatores que desencadearam em diversos movimentos grevistas em meados do século XX.


Método de regulação keynesiano:
Resultado de imagem para keynesianismoOs países que utilizavam o sistema fordista-taylorista como meio de produção, implantaram também outro sistema para regulação, o keynesianismo. Inspirado na eficácia do New Deal (série de medidas tomadas pelo governo norte-americano para fugir da crise de 1929), o modo de regulação keynesiano defendia a ação do estado na economia com o objetivo de beneficiar a classe trabalhadora (atingir o pleno emprego). Este sistema foi aderido por muitos países capitalistas durante a Guerra Fria com o objetivo também de afugentar as camadas sociais do socialismo, que crescia forte no oriente (o outro lado da "Cortina de Ferro".




Método de produção toyotista:
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Taiichi Ohno, elaborador do toyotismo.
Com a produção em massa promovida com o sistema fordista-taylorista, vários setores passaram a produzir os mesmos produtos massivamente abaixando o preço dos mesmos, isso culminou em uma crise de acumulação de produção de capital nos anos 70. Para fugir desta crise, vários países começaram a inovar para fornecer tecnologia de ponta, era o início da 5ª OICT (Onda de Inovação Científico Tecnológica), conhecida também como a Terceira Revolução Industrial. Porém, a situação econômica mundial se intensificou devido a crise energética ocorrida na mesma década com os altos preços dos barris de petróleo.
Para escapar da crise mundial, o Japão dá uma grande guinada em seu método de produção, adotando uma nova série de medidas para produzir conhecida como toyotismo. Enquanto no fordismo-taylorismo a produção era em larga escala, no toyotismo a produção é em sintonia com a entrada de matéria prima e com o mercado consumidor (regulada através de encomendas). Este método é caracterizado pelo sistema "just in time", no qual era produzido apenas o necessário, com o tempo necessário, na quantidade necessária, evitando o máximo o excedente. Portanto, a acumulação era flexível (e não massiva como era no modo fordista-taylorista), eliminando o maior problema do antigo método de produção: o desperdício.
Resultado de imagem para toyotismoO método toyotista de produção preocupava-se não apenas pelo desperdício, mas também pela qualidade dos produtos, exigindo mais esforço dos operários. Com a produção regulada, menos operários as fábricas necessitavam, aumentando o lucro da corporação mas provocando muito desemprego por parte da população. Além disso, era adotado em algumas fábricas reformas estruturais (robotizações), o qual substituiria o trabalho braçal assalariado por um trabalho mais eficaz através das máquinas.
O sistema toyotista revolucionou a forma de produzir durante o final do século XX e durante o início do século XXI, um dos fatores cruciais para o desenvolvimento da globalização (tema do próximo post).

Método de regulação monetário:
Para regular este método de produção, foi implantado no Japão um sistema de créditos, que consiste no parcelamento das mercadorias (monetarismo), crescimento de capital financeiro especulativo (investimento com fins lucrativos) e a diminuição do valor da moeda para que a venda da mercadoria no mercado externo seja maior.
O maior problema do sistema toyotista é o desemprego em massa causado pelas inovações tecnológicas nas fábricas (robotização das fábricas), um dos maiores fatores pelo qual os países subdesenvolvidos não adotaram este sistema rapidamente, mas muitas fábricas adotaram e adotam ainda hoje o toyotismo em fusão do fordismo-taylorismo.


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