Vamos estudar agora um dos passados mais negros da política brasileira! Você já deve ter ouvido falar no Golpe Militar de 69, ou na famosa Ditadura Militar, afinal é um tema bem discutido na comissão da verdade não é? Mas afinal, oque foi o Golpe Militar?
O governo de Jânio Quadros:
Como vimos no contexto histórico da república populista brasileira, Jânio Quadros foi eleito em outubro de 1960 com uma expressiva vitória. Jânio obteve o apoio da UDN (União Democrática Nacional) e alcançou êxito com um discurso de moralização. Jânio Quadros venceu com mais de 6 milhões de votos. Entretanto, o vice-presidente eleito foi João Goulart. Ao final do governo de JK (Jânio Quadros), o país enfrentava sérios problemas advindos da chamada política desenvolvimentista. A inflação atingia 25% ao ano e a dívida externa era exorbitante.
No dia 24 de agosto de 1961, Carlos Lacerda foi à televisão denunciar um possível golpe que estaria sendo articulado pelo Presidente Jânio Quadros. No outro dia, o Brasil se surpreendeu com o pedido de renúncia de Jânio. Ele afirmava em carta ao Congresso que “forças terríveis” o haviam levado a tomar aquele gesto. Com a renuncia de Jânio Quadros, seu vice João Goulart assume a presidência.
O governo de João Goulart (Jango):
João Belchior Marques Goulart, ou simplesmente Jango, como era conhecido, governou o país de setembro de 1961 a março de 1964. Com a renúncia do Presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961, João Goulart deveria assumir o governo. Mas partidos da oposição, como a UDN (União Democrática Nacional) e os militares tentaram impedir a sua posse. Nesta ocasião, Jango, que era tido como simpatizante do comunismo, estava em visita oficial à China (país comunista). Lembrando que aquela época estava sendo o auge da Guerra Fria! Jango por fim conseguiu assumir com o apoio do seu cunhado Governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola.
Durante seu governo, Jango passou por muitos apertos políticos. A economia brasileira estava em crise naquela época.
Jango acreditava que só através das chamadas reformas de base é que a economia voltaria a crescer e diminuiria as desigualdades sociais. Estas medidas incluíam as reformas agrária, tributária, administrativa, bancária e educacional.
Em um grande comício organizado na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, Jango anunciou a mais de 300 mil pessoas que daria início as reformas e livraria o país do caos em que estava vivendo. Este comício, entretanto, foi mais um motivo para que a oposição o acusasse de comunista. A partir daí houve uma mobilização social anti Jango.
A classe média assustada deu apoio aos militares. Alguns dias depois do comício, foi organizada a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, com o objetivo de dar apoio aos militares. No dia 31 de março de 1964, os militares se reuniram e tomaram o poder, com apoio dos Estados Unidos.
Jango não resistiu. Deixou o governo e se refugiou no Rio Grande do Sul. De lá, foi para o exílio no Uruguai e na Argentina, onde morreu aos 57 anos, vítima de um infarto.
INTRODUÇÃO: Após a renúncia de JK (Jânio Quadros), seu vice Jango (João Goulart) chega ao poder. Porém durante seu governo, o país passava por muitas crises, e isso gerou desconforto a população, e havia uma forte intuição que Jango tinha ligações com o comunismo (era no auge da Guerra Fria) e com isso, com um forte apoio popular, os militares tomam o poder começando um grande período de Ditadura que levou mais de 30 anos.
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